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- Capítulo 2 - Grey
Posted by : Vitor
domingo, 1 de junho de 2014
Um mês depois do início aulas, um garoto usando óculos entra na sala. Era Timothy retomando as atividades escolares na Bourn. Tudo se tornou diferente, e ele se sentiu como se as pessoas o olhassem sem temor e sem pudor, o enxergando como mais um garotinho legal na 1ª série do Ensino Médio. Todos o cumprimentaram, uma situação totalmente fora de sua expectativa. “Sou novato, ninguém me conhece, eu posso criar uma nova personalidade”, pensou.
Mas no fundo, ele gostava de como ele era e não queria mudar, principalmente porque percebeu que as pessoas eram vazias e não se importavam com as amizades, mas apenas com o próprio status. Sentia-se incomodado com as pessoas “badaladas”. Logo ele desistiu completamente da ideia e ficou em seu canto da sala de aula onde haviam janelas sujas por onde, em dias nublados como aquele, poderia sentir toda a umidade do ar. O professor era rude e sequer percebeu sua presença nas aulas dele. Eram quatro contínuos e cansativos horários, mas os alunos sempre davam um jeito de se distrair numa conversa. E durante uma dessas aulas, Timothy recebeu um bilhete estranho:
“Eaaai louquinho? É quieto assim mesmo ou é só no primeiro dia?”
Nunca sentiu tanta raiva de um papel escrito por um anônimo. “Não sou obrigado a responder isso”, pensou. Levantou-se, seguiu em direção da lixeira. Percebeu o caminho obstruído e preferiu jogar o papel de longe, mas errou o alvo. Todos riram, e ele sentiu aquela vergonha incômoda mais uma vez. Durante o intervalo, não era permitido aos alunos ficar nas salas de aula. Timothy foi obrigado a descer e então se lembrou de que carregava em sua mochila um livro que ainda não tivera chance de ler. Não pensou duas vezes e desceu com seu livro de ficção.
Percebeu que uma garota de sua sala o encarava insistentemente no refeitório. Concentrado no seu livro, Timothy procurou ignorar a situação. Apenas sentou-se numa mesa distante de todos. A garota que o observava sem parar se chamava Grey, tinha poucos amigos, gostava muito de livros, musica rock e (por mais incrível pudesse parecer) MPB. Seu cabelo tingido de um azul escuro que só era possível perceber somente de perto. Percebendo o isolamento proposital de Timothy, Grey, agarrada a um livro, decidiu se aproximar. Também se sentia sozinha, raramente falava com as pessoas que costumavam chamam sua atenção.
- Seu nome é Timothy, não é? – perguntou Grey.
Timothy, mesmo envergonhado pela situação inusitada, respondeu.
- Sim... E você? Como se chama?
- Greyce, mas costumam me chamar de Grey. Estudo aqui na Bourn há dez anos.
Timothy não sabia como desenvolver a conversa nem o que dizer, e deixou Grey continuar falando.
- Enfim, o que gosta de fazer nas horas vagas? Posso levar você pra conhecer o colégio.
- Agradeço o convite. É sempre comum você falar com as pessoas novatas?
Grey soltou um sorriso de canto de boca e sentou-se do seu lado.
- Não é comum. Falo com pessoas que julgo legais. Você devia se sentir uma pessoa especial por causa disso.
- As pessoas raramente puxam conversa comigo, a maioria que conversa comigo são vazias e só querem algo de mim. Para elas, o que importa é status ou um número cada vez maior de amigos no Facebook. Elas não querem saber de verdadeiras amizades.
- Acho que nós passamos pela mesma situação. Sei como é isso. Mas você possui algum perfil no Facebook?
- Sim, tenho, mas raramente eu o utilizo. Nada substitui uma boa conversa pessoalmente.
Grey trazia um MP4 em um de seus bolsos. Seus fones estavam suspensos sobre o colarinho da camisa cinza com uns tons de azul, a farda da Bourn. Pelos ruídos que saíam do fone, percebeu que estava tocando uma de suas cinco músicas favoritas entre as outras 653. Pegou o fone e compartilhou a canção com Timothy, colocando os fones em seu ouvido.
- Gosta dessa música? Aliás, que tipo de musica você curte?
- Gostei. Essa música é dos anos 90, tem um ritmo que dá vontade de dançar. Sou bastante eclético, mas curto músicas de qualidade que tenham letras.
A música era suave com um toque melodioso de bateria. Timothy percebeu que Grey usava em seu pescoço um filtro dos sonhos colorido.
- Seu filtro dos sonhos é bonito! Sabe o que significa cada uma das cores?
- Obrigada. Sei apenas o significado de algumas cores... O intervalo está terminando, vamos subir logo?
Naquele momento, Grey percebeu que eles tinham opiniões parecidas em muitos assuntos.
Timothy acompanhou Grey até a sala, seguindo para onde estava sentado. Percebeu que Grey estava mudando de lugar para ficar mais perto dele, e sentou-se bem atrás de Timothy. Sentiu nela um bom sentimento emanando, um sentimento verdadeiro de amizade, e não demorou muito para se tornarem grandes amigos.
Na hora da saída, Timothy pegou carona com o pai de Grey, e descobriram que moravam muito próximos um do outro, apenas duas quadras longe da biblioteca. A distância entre as casas era pequena, apenas duas casas separavam agora suas amizades.
Mas no fundo, ele gostava de como ele era e não queria mudar, principalmente porque percebeu que as pessoas eram vazias e não se importavam com as amizades, mas apenas com o próprio status. Sentia-se incomodado com as pessoas “badaladas”. Logo ele desistiu completamente da ideia e ficou em seu canto da sala de aula onde haviam janelas sujas por onde, em dias nublados como aquele, poderia sentir toda a umidade do ar. O professor era rude e sequer percebeu sua presença nas aulas dele. Eram quatro contínuos e cansativos horários, mas os alunos sempre davam um jeito de se distrair numa conversa. E durante uma dessas aulas, Timothy recebeu um bilhete estranho:
“Eaaai louquinho? É quieto assim mesmo ou é só no primeiro dia?”
Nunca sentiu tanta raiva de um papel escrito por um anônimo. “Não sou obrigado a responder isso”, pensou. Levantou-se, seguiu em direção da lixeira. Percebeu o caminho obstruído e preferiu jogar o papel de longe, mas errou o alvo. Todos riram, e ele sentiu aquela vergonha incômoda mais uma vez. Durante o intervalo, não era permitido aos alunos ficar nas salas de aula. Timothy foi obrigado a descer e então se lembrou de que carregava em sua mochila um livro que ainda não tivera chance de ler. Não pensou duas vezes e desceu com seu livro de ficção.
Percebeu que uma garota de sua sala o encarava insistentemente no refeitório. Concentrado no seu livro, Timothy procurou ignorar a situação. Apenas sentou-se numa mesa distante de todos. A garota que o observava sem parar se chamava Grey, tinha poucos amigos, gostava muito de livros, musica rock e (por mais incrível pudesse parecer) MPB. Seu cabelo tingido de um azul escuro que só era possível perceber somente de perto. Percebendo o isolamento proposital de Timothy, Grey, agarrada a um livro, decidiu se aproximar. Também se sentia sozinha, raramente falava com as pessoas que costumavam chamam sua atenção.
- Seu nome é Timothy, não é? – perguntou Grey.
Timothy, mesmo envergonhado pela situação inusitada, respondeu.
- Sim... E você? Como se chama?
- Greyce, mas costumam me chamar de Grey. Estudo aqui na Bourn há dez anos.
Timothy não sabia como desenvolver a conversa nem o que dizer, e deixou Grey continuar falando.
- Enfim, o que gosta de fazer nas horas vagas? Posso levar você pra conhecer o colégio.
- Agradeço o convite. É sempre comum você falar com as pessoas novatas?
Grey soltou um sorriso de canto de boca e sentou-se do seu lado.
- Não é comum. Falo com pessoas que julgo legais. Você devia se sentir uma pessoa especial por causa disso.
- As pessoas raramente puxam conversa comigo, a maioria que conversa comigo são vazias e só querem algo de mim. Para elas, o que importa é status ou um número cada vez maior de amigos no Facebook. Elas não querem saber de verdadeiras amizades.
- Acho que nós passamos pela mesma situação. Sei como é isso. Mas você possui algum perfil no Facebook?
- Sim, tenho, mas raramente eu o utilizo. Nada substitui uma boa conversa pessoalmente.
Grey trazia um MP4 em um de seus bolsos. Seus fones estavam suspensos sobre o colarinho da camisa cinza com uns tons de azul, a farda da Bourn. Pelos ruídos que saíam do fone, percebeu que estava tocando uma de suas cinco músicas favoritas entre as outras 653. Pegou o fone e compartilhou a canção com Timothy, colocando os fones em seu ouvido.
- Gosta dessa música? Aliás, que tipo de musica você curte?
- Gostei. Essa música é dos anos 90, tem um ritmo que dá vontade de dançar. Sou bastante eclético, mas curto músicas de qualidade que tenham letras.
A música era suave com um toque melodioso de bateria. Timothy percebeu que Grey usava em seu pescoço um filtro dos sonhos colorido.
- Seu filtro dos sonhos é bonito! Sabe o que significa cada uma das cores?
- Obrigada. Sei apenas o significado de algumas cores... O intervalo está terminando, vamos subir logo?
Naquele momento, Grey percebeu que eles tinham opiniões parecidas em muitos assuntos.
Timothy acompanhou Grey até a sala, seguindo para onde estava sentado. Percebeu que Grey estava mudando de lugar para ficar mais perto dele, e sentou-se bem atrás de Timothy. Sentiu nela um bom sentimento emanando, um sentimento verdadeiro de amizade, e não demorou muito para se tornarem grandes amigos.
Na hora da saída, Timothy pegou carona com o pai de Grey, e descobriram que moravam muito próximos um do outro, apenas duas quadras longe da biblioteca. A distância entre as casas era pequena, apenas duas casas separavam agora suas amizades.
Que lindo ><
A história está cada vez melhor!! e olha q esse é apenas o segundo capítulo!! kkkk Já estou na torcida por ThimoGrey <3 :33 eles são fofoos >< feitos um para o outro :3 kk
Quero mais ><