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- Capítulo 3 - Raio entre as gameleiras
Posted by : Vitor
domingo, 8 de junho de 2014
Parecia mais um dia normal para todos os alunos da Bourn. Timothy também conhecera o teatro abandonado dentro da área do colégio, que ficava um
pouco distante das salas de aula. Grey havia levado Timothy para conhecer o colégio, e escolheu o teatro como primeiro ponto de visitação. Foram por um caminho que saía bem no palco. Era um lugar escuro, o piso era revestido de madeira, as paredes cinzas, cheias de teias e
com sinais de mofo. Tinha uma escada no lado direito que levava para o canto
superior da platéia. Há muito tempo aquele teatro já não tinha mais nome. Ao perceber que estava dentro do teatro, Timothy arrepiou-se, sentindo algum tipo de energia. Mesmo assim, continuou andando pelo corredor que levava até uma porta de madeira desgastada. Grey parou
de repente. A sombra de um morcego pela luz que vinha de uma pequena janela passou voando muito próximo deles.
- O que foi, Grey? - perguntou Timothy.O silencio tomou conta do ambiente. Timothy já tinha visto aquele morcego. Ignoraram a situação e seguiram em frente assim mesmo. O acesso ao teatro era totalmente proibido. A última pessoa que entrou ali havia sido expulsa do colégio. De repente, ouviram um forte estrondo vindo de fora do colégio. Assustados, correram amedrontados, temendo ser algo próximo ao teatro e que, por causa do barulho, descobrissem que eles estavam ali.
- Vamos! Corra! Se descobrem que estamos aqui, podem nos
expulsar do colégio.
- Cara, o que deve ser isso? - questionou Timothy - O barulho foi muito forte, e vem de fora!
- Por aqui! Vamos sair daqui logo! - insistiu Grey.
- Por aqui! Vamos sair daqui logo! - insistiu Grey.
Timothy tropeçou numa madeira solta no chão. Estava escuro e não foi possível
enxergá-la. Já havia acabado o intervalo e o tempo estava se fechando. Assim que chegaram perto do pátio próximo às escadas, um clarão tomou conta do
céu. Um raio caiu próximo do teatro e com o impacto, uma pedra foi lançada entre as duas
gameleiras. Todos se assustaram naquele momento, e logo em seguida havia um aglomerado de pessoas em volta do
muro próximo as gameleiras. O impacto do raio acabou abrindo uma rachadura no local. A energia no colégio ficou enfraquecida e por causa disso, ninguém retornou para as salas de aula.
- O raio caiu próximo de onde estávamos. Imagine se nos vissem saindo de lá!
- Olha aquilo... O raio lançou uma pedra bem no meio das gameleiras. É estranho isso, Timothy, nunca aconteceu antes.
- Tem alguma biblioteca por aqui? - indagou Timothy.
- Há uma próxima ao corredor que dá acesso à sala com os arquivos de todos os alunos. É provável que nos vejam se formos até lá. Aqui em Bourn, a maioria das coisas é restrita, e qualquer aluno que ouse quebrar as regras é punido.
- Punido? Sempre há um jeito de entrar nesses lugares, é só conhecer um pouco como as coisas funcionam por aqui. Você já deve conhecer como funciona tudo por aqui!
- De fato, sei muito sobre tudo aqui, por isso quero evitar levar você nesses lugares. - explicou Grey.
- Podíamos ir agora, todos estão ainda distraídos com o que aconteceu.
- Impossível! Você tá louco? Não podemos ir agora, todos estão aqui fora. Seu Trunfo pode ver a gente. Ele é um velho rabugento, é o zelador daqui!
- Olha aquilo... O raio lançou uma pedra bem no meio das gameleiras. É estranho isso, Timothy, nunca aconteceu antes.
- Tem alguma biblioteca por aqui? - indagou Timothy.
- Há uma próxima ao corredor que dá acesso à sala com os arquivos de todos os alunos. É provável que nos vejam se formos até lá. Aqui em Bourn, a maioria das coisas é restrita, e qualquer aluno que ouse quebrar as regras é punido.
- Punido? Sempre há um jeito de entrar nesses lugares, é só conhecer um pouco como as coisas funcionam por aqui. Você já deve conhecer como funciona tudo por aqui!
- De fato, sei muito sobre tudo aqui, por isso quero evitar levar você nesses lugares. - explicou Grey.
- Podíamos ir agora, todos estão ainda distraídos com o que aconteceu.
- Impossível! Você tá louco? Não podemos ir agora, todos estão aqui fora. Seu Trunfo pode ver a gente. Ele é um velho rabugento, é o zelador daqui!
Seu Trunfo era um velho que conhecia muito o colégio. Sempre andava
mal-humorado, sua estatura era baixa e aparentava ter 70 anos. Era
funcionário da Bourn desde quando o lugar ainda era a clinica Scurf. A sirene tocou novamente, chamando para o retorno às aulas, apesar da energia ainda permanecer fraca. Todos retornaram para os cansativos horários
de Química na terça. A sala não estava tão escura pois janelas entravam luzes
que iluminavam todo o ambiente.